Entenda como é feito o cálculo de custo efetivo de um imóvel

Entenda como é feito o cálculo de custo efetivo de um imóvel

Embora esteja presente em nosso dia a dia, o Custo Efetivo Total (CET) acaba passando despercebido nas transações que envolvem empréstimo ou financiamento. Porém, é essencial ter atenção a esse cálculo para entender o que está incluído nessa cobrança.

Entenda o que é Custo Efetivo Total e a importância de compreendê-lo para um investimento imobiliário de sucesso!

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O que é Custo Efetivo Total?

Custo Efetivo Total (CET) refere-se a todos os valores cobrados por uma instituição financeira ao prestar serviços de empréstimo ou financiamento. Ou seja, é a junção de todas as despesas e encargos referentes a uma operação de crédito.

Ou seja:

CET = juros + taxas + encargos + tributos + seguros

O CET é regulamentado pelo Banco Central por meio da Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) n.º 4.881/2020, que obriga as instituições financeiras a deixarem bem claros todos os detalhes e valores das suas transações.

Dessa forma, é direito do consumidor ter acesso ao Custo Efetivo Total antes mesmo de assinar o contrato com o banco, que pode fornecer uma planilha com esses valores.

Custo Efetivo Total vs. taxa de juros

Ao solicitar um financiamento imobiliário, muitas pessoas acabam focando em taxas de juros, deixando de lado o Custo Efetivo Total (CET). Mas é importante destacar que a taxa de juros — que corresponde a uma parte do pacote do Custo Efetivo Total — é apenas o valor que a instituição financeira vai receber por emprestar determinado valor para o cliente.

A taxa de juros considera o valor total do empréstimo e a quantidade de parcelas, lembrando que a taxa de juros incide sobre cada parcela do financiamento.

O impacto do CET na solicitação de um financiamento

Para quem pretende investir em um imóvel, o cálculo do Custo Efetivo Total pode ter um impacto significativo nessa decisão. Isso porque ter uma visão mais ampla dos custos do financiamento permite avaliar se tal investimento é viável e se enquadra no orçamento, garantindo que o cliente possa arcar com todos os encargos envolvidos na transação.

Como o CET engloba todos os custos do financiamento, fica mais viável fazer um planejamento financeiro mais abrangente, já que ele envolve não só a parcela mensal, mas também outras despesas — seguros e taxas administrativas, por exemplo.

Consequentemente, fica mais simples entender os riscos dessa transação, já que custos adicionais podem impactar no financeiro, influenciando na capacidade de o comprador lidar com imprevistos, como instabilidade econômica ou alterações nas taxas de juros.

Com o Custo Efetivo Total em mãos — que, como mencionamos, envolve não apenas as taxas de juros, mas todos os encargos envolvidos na transação —, é mais fácil comparar as condições oferecidas por diferentes instituições, permitindo que o cliente tenha clareza sobre qual é a opção mais viável para o seu perfil.

Dessa forma, O CET oferece certa segurança para o cliente negociar alguns termos do contrato, pleiteando condições mais favoráveis.

O que está incluído no CET?

Custo Efetivo Total inclui encargos, seguros, impostos, tudo o que a instituição financeira cobra pelo serviço prestado, entre eles:

  • tarifa de abertura de cadastro;
  • taxa de análise de crédito;
  • taxas de juros;
  • taxas administrativas;
  • IOF — Imposto Sobre Operações Financeiras;
  • seguros obrigatórios, como DFI (Seguro de Danos Físicos ao Imóvel) e MIP (Seguro por Morte ou Invalidez Permanente);
  • taxa de administração para cobranças e boletos;
  • taxa de avaliação do imóvel;
  • análise jurídica e documental.

Entenda mais sobre o papel do CET no investimento em imóveis 

Lidar com o cálculo do CET no investimento de imóveis envolve uma abordagem ampla, que considera vários custos referentes ao financiamento, o que ajuda a tomar decisões certeiras com base no seu perfil.

Antes de qualquer coisa, é essencial analisar a sua realidade financeira, considerando não só a situação atual, como os possíveis contratempos que possam surgir ao longo dos anos — ou seja, certifique-se que os pagamentos mensais estão alinhados ao seu orçamento.

É importante, também, compreender os componentes do CET, lembrando que eles vão além das taxas de juros, envolvendo encargos como seguros obrigatórios e outras tarifas de serviços. E você pode, ainda, usar o conhecimento em CET ao seu favor para negociar termos mais favoráveis, como taxas de juros ou outras condições do financiamento.

Comparar diferentes ofertas de financiamento, sempre considerando o Custo Efetivo Total, e não só as taxas de juros, vai permitir que você tenha uma visão mais abrangente dos valores da transação e escolha a instituição que oferece as condições mais adequadas ao seu perfil.

Já entender os termos e condições contratuais de cada instituição financeira vai garantir uma visão ampla sobre como o CET é calculado e, ainda, sobre as condições referentes tanto ao adiantamento quanto ao atraso no pagamento das parcelas, por exemplo.

É importante, ainda, destacar que o CET pode mudar consideravelmente de uma instituição para outra, dependendo do prazo do financiamento — assim, é importante avaliar esse impacto no seu orçamento.

Considerar encargos adicionais — como impostos, despesas em cartório, manutenção do imóvel, entre outros gastos eventuais —, é importante para não haver surpresas que possam comprometer seu planejamento financeiro. É imprescindível considerar também as possíveis mudanças nas taxas de juros ao longo do tempo, que podem afetar o CET e, ainda, impactar seu planejamento financeiro.

E se você não sentir segurança em negociar as condições do seu financiamento com a instituição bancária, considere recorrer a profissionais da área, para uma consultoria personalizada com base no seu orçamento e perfil financeiro.

Sempre busque informações sobre o CET

Como conferimos ao longo do texto, entender o que é o Custo Efetivo Total (CET) é essencial para um investimento imobiliário bem-sucedido. Ter atenção a pontos importantes e os encargos envolvidos vai trazer confiança na hora de negociar um financiamento e, ainda, segurança para honrar com o compromisso firmado com o banco.

Se você entendeu o que é Custo Efetivo Total, mas quer se aprofundar no assunto, não deixe de conferir este post publicado pela Direcional — O que é o Custo Efetivo Total (CET)? Entenda como calcular!

Sebastião Ferreira

Sebastião Ferreira é redator do Blog GRzero há 2 anos, trabalha como redator freelancer e escreve para alguns jornais e revistas.